segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

é LEI

Hoje a mídia brasileira esteve envolta com o anúncio do final da carreira do fenômeno, muito embora seu fim já ocorrera a muitos anos, mas a oficialização se deu hoje! Passada a melancolia instalada na mente da população, o Jornal se viu obrigado a noticiar o exercício de uma nova Lei, que entrou em vigor hoje em nosso país!
Falo da Lei que garante a gratuidade de medicamentos de uso continuo no combate e tratamento da Diabetes e Hipertensão. Acho bonito, acho justo nosso governo fornecer esses medicamentos a todos os cidadãos que necessitam de seu uso. Seja ele rico ou pobre, alto ou baixo, magro ou gordo! Sem distinção, um direito amplo a todos!
Mas no instante seguinte me pergunto, porque mais uma vez nosso governo esquece dos deficientes físicos, ou será que ele faz vistas grossas a essa população???
Os deficientes também fazem uso continuo de vários medicamentos! Para prevenção e controle de escaras, para circulação, bexiga, e tantas coisas mais! Há quem não saiba, mas para um cadeirante o simples fato de urinar, mesmo em casa tem que ser pago! E será que com o auxilio recebido pela população o “xixi é franqueado”?


Pedro  Monteiro
voluntário AMADA

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PESSOA COMUM

Um grupo de nossa Associação resolveu mostrar um pouco como uma cidade no interior paulista recebe os deficientes físicos.
Galera operante logo cedo elegeu como ponto de partida a Estação Rodoviária de Agudos, digamos que em cidades pequenas, seja o ponto central do transporte público! Mas sabedores que não encontrariam poucas dificuldades, foi feito um convite a Rede Globo, através de sua afiliada TV Tem para que estivesse junto. O convite foi aceito e, por volta das 8hs da manhã todos estavam lá!
Aguardamos um pouco, enquanto víamos as barreiras impostas, após algumas idas e vindas de ônibus tentamos conversar com um motorista para saber qual o horário do ônibus com adaptação, para nossa “surpresa” diria que mais surpresa para a equipe de reportagem, a informação foi que não havia nenhum veículo com adaptação circulando, já que o único encontra-se em uma suposta oficina mecânica para reparos a mais de uma semana.
Foi daí o ponto de partida que o repórter esperava para dar início a matéria.
Fomos então a busca do tal ônibus, encontramos estacionado na rua, debaixo de árvores, próximo a algo que nos remete a uma oficina mecânica...
Falamos com um senhor que aceitou abrir o ônibus, retratamos a dificuldade de acesso pela “adaptação universal”, mostramos como o cadeirante é transportado, sem nenhuma segurança, a equipe da TV, fez as imagens e perguntas que julgavam necessárias e partiram para tentar ter explicações do prefeito. Interessantemente o prefeito atendeu a equipe de reportagem, lógico que longe da prefeitura!
Como retrata o vídeo ele fala que disponibilizou um micro-ônibus adaptado, que até mesmo os motoristas desconhecem a circulação dele, nós também ainda não cruzamos com ele pelas ruas, mas isso é outra história, o post aqui é mais para tentar esclarecer uma frase apenas, diria mais, uma expressão apenas dita pelo nosso ilustre senhor Prefeito “pessoa comum”, é isso mesmo no final de sua fala o chefe do executivo fala “pra que o cadeirante possa chegar nos mesmos lugares que uma pessoa comum também pode” deixando a boa gramática de lado, outra coisa me chamou a atenção, e atenção de muitos outros que assistiram a matéria quando fora ao ar, “pessoa comum”, ou seja, o cadeirante, muletante, protetizado, seja lá qual for a limitação do cidadão, nosso poder público não o enxerga como cidadão comum, ele é INCOMUM, mesmo estando todos nós em um país onde a carta magna  quando trata Dos Princípios Fundamentais, em seu  Art 1º, inc II e III, que são cidadania e, a dignidade da pessoa humana; no Art 3º, inc I e IV, construir uma sociedade livre, justa e solidária, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de descriminação. Dos Direitos e Garantias Fundamentais, em seu art 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País  a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade à segurança  e à propriedade, nos termos seguintes: inc I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta Constituição; inc III – ninguém será submetido a tortura nem tratamento desumano ou degradante; inc XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
As vezes pode parecer um pouco chato ficar aqui falando sobre elementos Constitucionais, Leis e Ordenamentos Jurídicos, mas quando buscamos equiparação de direitos, igualdade, acessibilidade não podemos nos furtar de analisar as Leis que regem nosso país.
Quando o Estado não permite que o cidadão tenha acesso ao transporte público:
1.    Será que sua cidadania está prejudicada?
2.    Será que sua dignidade não é abalada?
3.    Será que essa sociedade passa a não ser livre?
4.    Será que isso é uma sociedade justa e solidária?
5.    Será que há promoção do bem de todos?
6.    Será que todos continuam iguais?
7.    Será que a liberdade é respeitada, existe?
8.    Será que o deficiente físico é igual?
9.    Será que há segurança?
10.  Será que há tratamento humano para todos?
Ou fechamos os olhos para o tratamento desumano, degradante que o cidadão é submetido, ainda mais quando o Chefe do Executivo fala “pra que o cadeirante possa chegar nos mesmos lugares que uma pessoa comum também pode”, ele afirma que o cadeirante não é uma pessoa comum. O que será pra ele um cadeirante? 


Pedro Monteiro
Voluntário AMADA

AMADA na Rede Globo

http://tn.temmais.com/noticia/8/36072/pessoas_com_deficiencia_fisica_enfrentam_problemas_de_acessibilidade_em_agudos.htm

Esse é o link para o vídeo onde mostra um pouco da política pública do Município de Agudos/SP, onde o prefeito encerra com a seguinte frase "pra que o cadeirante possa chegar nos mesmos lugares que uma pessoa comum também pode"


Assista o vídeo, assim que tivermos cópia o publicaremos.
e em breve um comentário sobre a fala do nosso nobre Prefeito

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

DEFICIÊNCIA


Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono de seu destino.

Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão; pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da mascara da hipocrisia.

Paralitico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.

E finalmente, a pior deficiência é ser miserável, pois:

Miserável são todos que não conseguem falar com DEUS.

Roberto Gonçalves
Diretor de Comunicação da AMADA